Quarta-feira, 12 de Janeiro de 2011

Dizem que chove sempre a norte do cabo

Carvoeiro, a neve só nas terras altas. Moro

ao nível do mar, e no entanto a espuma é

longe demais para molhar os pés no meio

do sargaço. Nunca neva nas terras mais baixas.

E chove sempre no Norte, onde espalho notícias

de um sol ainda mais distante. Tenho quase

quarenta anos e nenhuma luz. Não há quem me

brilhe ou faça brilhar, visto roupas escuras até

no verão. Limito-me a arrefecer os raios na minha

pele sempre fria. Aquecer é coisa que deixo para

 

as mulheres modernas que habitam à vez o meu T1.

Basta-me viver, se soubesse para onde, aí sim, fugia.



publicado por JRS às 21:18 | link do post | favorito

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