A Lei 11 das Leis do Jogo diz respeito ao fora-de-jogo. O post anterior falava de uma questão envolvendo o benefício dessa posição numa jogada seguinte, tendo como exemplo o segundo golo dos Rangers em Alvalade. No entretanto, perguntei a um sportinguista esclarecido, a um cronista da Bola, a um jornalista desportivo e a um ex-director técnico do Sporting a opinião. Este último - o Carlos Janela - teve a simpatia de me responder no Facebook. E todos me diziam que o lance foi limpo. Estou errado, pelos vistos.
O Carlos disse bem, ao telefone, o porquê disto: porque não há continuidade na acção para que esse benefício aconteça. Quer isto dizer que o jogador que recebe a bola do lado direito, ao tocar nela inicia uma nova jogada e por isso, digamos, "apaga" a posição irregular em que estavam os seus colegas de equipa. Retorqui a todos eles: mas isso não quer dizer que se pode deixar, por exemplo, o Cardozo ou o Falcão ou, vá lá, o Postiga na entrada da área à espera que o Coentrão, o Hulk e, vá lá, o João Pereira corra pelo seu corredor e passe para trás a bola? Quer. O Carlos foi mais longe e referiu que - como se vê tantas vezes - isso já acontece em livres da área lateral. É verdade. Mas não percebo como é que o Mourinho ainda não entendeu que sendo isso possível existe uma mudança enorme nas táctivas possíveis. Ou será que é como o outro: é proibido mas pode-se fazer. Ou, se quisermos, não é proibido mas ninguém faz com medo que seja.
Tenho a certeza no entanto de uma coisa: estas dúvidas sempre pertinentes são alimentadas pela própria FIFA. Quanta mais confusão, mais emoção, e mais facturação.
A melhor análise à equipa sportinguista pode ser lida aqui. Nada mais há a dizer. O Rogério Casanova já disse tudo.
Mas, dito isto, quero perguntar ao jornalista e aos comentadores da Sport Tv se sabem o que é Lei do Fora de-jogo (Lei 11 das Leis do Jogo). É que o segundo golo do Rangers é em fora-de-jogo claríssimo. E não, não estou a tentar ser irónico. A lei diz: "Um jogador na posição de fora-de-jogo só deve ser penalizado se, no momento em que a bola é tocada ou jogada por um colega de equipa, o jogador toma, na opinião do árbitro, parte activa do jogo: intervindo no jogo ou inlfuenciando um adversário ou tirando vantagem dessa posição".
Podem dizer que não. Certo: no passe para o lado direito, o jogador do Rangers não está fora-de-jogo. Certo: no passe rasteiro para a zona central os três (?) jogadores do Rangers que podiam, escolhendo por "pedra, tesoura, papel" quem iria encostar, também não estão, até porque o passe é para trás. Mas, na altura do primeiro passe, para o lado direito, estão estes três e talvez mais de metade da equipa do Rangers. Ora, isto é equivalente a estar à entrada da pequena área à espera que se faça a triangulação, sendo que na altura do último passe o jogador que fica lá especado não estaria em fora-de-jogo - bastaria o passe ser para trás. Se isto não é fora-de-jogo, é o quê? Não temos todos de saber isto. Somos só treinadores de bancada. Mas um jornalista que relata o jogo na televisão e os comentadores não deveriam saber?
Casanova: ajuda-me lá, tu que sabes tudo o que há a saber sobre o Sporting. Ou, no caso do Casanova não estar para isso, algum árbitro que seja inadvertidamente meu amigo no facebook?
Obrigado.
Jorge
Girls & Boys [Música Fixe]. Parklife [Páquelife]. The Universal [Música dos Violinos]. Song 2 [Woo Hoo]. Country House [Cãoti House]. Tender. Tracy Jacks. Estas duas últimas, ainda sem nome em criancês. Mas já não deve faltar muito. Pode-se, no entanto, desde já referir que nenhuma delas bate a Woo Hoo, claro.
Hosni Mubarak foi falar às crianças de uma escola primária e, depois do seu discurso, ofereceu-se para um período de perguntas. Um rapazinho chamado Ramy levantou a mão e o Presidente egípcio interpelou-o: O que queres saber?
Ramy disse: Tenho quatro perguntas.
Primeira: por que é que o senhor é Presidente há 29 anos? Segunda: por que é que nunca nomeou um vice-presidente? Terceira: por que é que os seus dois filhos, Gamal e Alaa, controlam a economia e a política do país? Quarta: por que é que o Egipto é um Estado miseravelmente pobre e o senhor não faz nada? Nesse preciso momento, a campainha tocou e Mubarak informou as crianças que voltaria depois do intervalo. No regresso, retomou a conversa: Ok, em que ponto estávamos? Ah, já sei. Na sessão de perguntas. Alguém quer perguntar alguma coisa? Um outro rapazinho levantou a mão. Mubarak apontou para ele e pediu-lhe que se identificasse.
Eu sou Tamer, respondeu o menino.
E qual é a tua pergunta, Tamer?
Eu tenho seis perguntas.
Primeira: por que é que o senhor é Presidente há 29 anos? Segunda: por que é que nunca nomeou um vice-presidente? Terceira: por que é que os seus dois filhos, Gamal e Alaa, controlam a economia e política do país? Quarta: por que é que o Egipto é um Estado miseravelmente pobre e o senhor não faz nada? Quinta: por que é que a campainha tocou para intervalo 20 minutos antes do que é habitual? Sexta: o que é que o senhor fez ao Ramy? No Público.
Agora que a Blitz deste mês já saiu, fica o texto sobre Leonard Cohen que teve a honra de figurar no Retrovisor do mês passado.
Ele está no meio de nós
Deus existe. Mesmo que o princípio de Occam’s Razor – que nos diz que a explicação mais simples tende a ser a mais correcta (“a pluralidade não deve ser usada sem necessidade”) – tenha de estar errado nesta matéria. Eu sei: é mais simples dizermos que Deus não existe e que é uma construção da mente humana do que dizer que Ele anda no meio de nós, sem provas que não sejam muito subjectivas ou baseadas num livro escrito há quase dois mil anos, livro esse acerca de um homem que alegadamente fez uns milagres, depois foi crucificado e ressuscitado pelo seu Pai.
E Deus existe, mesmo ao arrepio da leitura do magnífico livro A Desilusão de Deus (God’s Delusion, no original) do reconhecido e admirado cientista Richard Dawkins. Com o livro de Dawkins todas as dúvidas são dissipadas: quem era crente torna-se agnóstico, quem era agnóstico fica finalmente ateu. E isto mesmo aconteceu comigo. Agnóstico desde que comecei a pensar um bocadinho no assunto (depois da minha primeira namorada me ter dito “o problema não és tu, sou eu” e eu perceber que Deus deveria ter intercedido para com um milagre tratar do problema que pelos vistos era dela), tornei-me ateu desde que li essa bíblia dos tempos modernos e que, com argumentos inabaláveis, desconstrói a outra bíblia dizendo, “o problema és tu, não sou eu”.
Então, a pergunta impõe-se: se sou ateu, porque raio começo esta reflexão acerca da divindade com a frase “Deus existe”? Porque não há argumentos científicos que ganhem às experiências pessoais e às reflexões por elas motivadas.
Um dia houve em que vi Deus. Foi há uns anos, no Sá da Bandeira e no concerto dos Sigur Rós. Foi logo na primeira música, quando Jónsi cantava Vaka – a primeira música do álbum ( ). A certa altura há uma passagem de grau, como aquela que aconteceu dos antepassados dos chimpanzés para os dos humanos, e a música torna-se um pungente grito e exclamação. E foi aí, nessa altura, que Jónsi teve Deus a iluminar-lhe a face, numa luz vermelha e tão bela. Claro, os meus amigos disseram logo que era só a luz, mas eu queria acreditar em Deus. Acreditei em surdina interior até há dias. Agora posso confirmar que era mesmo Deus porque percebi que é na música que o encontramos sempre.
Existem três tipos de actuações musicais. A primeira, mais indexada à chamada música clássica, diz respeito ao concerto. Nesta categoria, os músicos costumam estar munidos por pautas e, na maior parte das vezes, tocam melhor ou quase tão bem do que o fazem na gravação do álbum. Até porque, também na maior parte das vezes, o álbum é uma gravação ao vivo feita em estúdio. Não há lugar ao improviso nem a falhas. A única coisa que a liga à próxima categoria é o maestro poder ser venezuelano e ter um cabelo mais parecido do que devia com o do vocalista dos Extreme.
A segunda categoria diz respeito ao espectáculo. Aqui se incluem praticamente todas as outras actuações ao vivo. Desde o stage diving de Mike Patton, vestido como se tivesse saído do Tudo Bons Rapazes do Scorcese, até aos saltos – agora já mais comedidos, claro – do Eddie Vedder, passando pelos “faz de conta que me estou a cortar” do Marilyn Manson (embora as garrafas de água bem cheias passassem rasantes ao técnico da munição…), pelos Kings of Convenience a chamar toda a gente para cima do palco ou pelo Rufus Wainwright a, em actuações diferentes, é certo, usar um vestido de noiva preto, fazer um karaoke onde obrigava o guitarrista de sessenta anos a vestir smoking e a dançar como se estivesse no West Side Story, cantar a última música do álbum Want Two, Old Whore’s Diet vestido à fada madrinha ou, por fim, passar metade do tempo a contar histórias da vida dele. Isto é espectáculo. As músicas quase que em segundo plano, a sua qualidade de execução sempre muito mais baixa do que a gravação por pistas num estúdio, mas a beleza de percebermos que são experiências por isso mesmo únicas.
A terceira é a que verdadeiramente interessa para o argumento deste texto: a missa. Claro que desde há muitos anos que há músicos ou bandas que fazem dos seus espectáculos cerimónias quase religiosas (os Doors para os mais crescidos ou o Festival Panda para o meu filho), mas só há um músico que usa um missal e que, em tudo, se apresenta fazendo do seu, digamos, espectáculo (ou concerto, dada a ausência de um único erro), uma verdadeira missa. Esse homem chama-se Leonard Cohen.
A personagem traz logo com ela uma história que impõe tanto respeito como aquele que podemos (e devemos?) ter por quem caminhava por cima das águas, transformava água em vinho, ressuscitava pessoas de nome Lázaro ou via os pés lavados pela Madalena. Cohen tem naquele metro e meio de gente (pelos vistos talvez um e sessenta e tal) um passado e uma falta de coerência que nos faz pensar que todos devíamos admirar e seguir o seu exemplo. Começou poeta, movendo-se nos círculos literários da Montreal onde nasceu como se fosse mudar o mundo pela Palavra. Escreveu romances. Viveu muitos romances. Foi para Nova Iorque onde, no Chelsea Hotel, se perdeu nos meandros do hedonismo. Como pecador, absolveu-se e seguiu em linha directa para os ensinamentos do seu mestre zen, Roshi. Viveu num mosteiro budista durante alguns meses, a norte de Los Angeles mas bem no pico do Inverno, onde a neve queimava os pés de americanos (calçados com apenas com umas insuficientes sandálias) seguidores de um japonês e um alemão (“a vingança pela segunda grande guerra”, disse ele a certa altura). Foi-se embora. Mas voltou. E – certamente já no Verão – tornou-se monge. Com um pé-de-meia considerável, tanto motivado pelos seus concertos, como pelos seus álbuns, mas também e muito pelas versões que quase diariamente aparecem pelos mais estranhos executantes de músicas suas (sendo que Hallelujah é o maior exemplo – embora, tenha de ser dito, depois da de Jeff Buckley mais valem os restantes cançonetistas estarem quietinhos), pensou que com quase setenta anos tinha a reforma que merecia mas, mais do que isso, a vida dos seus familiares salvaguardada para o futuro. Poderia assim, dedicar-se à vida asceta que tinha escolhido.
Mas, como aquele que foi traído por trinta dinheiros, Cohen foi traído por alguns milhões de dólares. A sua manager e – claro está – em tempos fugaz interesse amoroso, tinha através de coisas tão complicadas como holdings, investimentos à Madoff ou afins, delapidado o seu pé-de-meia deixando-o com uns míseros 30 mil contos. Ele ainda pensou que com esse valor se governaria até ao final da vida. Mas, pelos vistos, as dívidas ao fisco já eram maiores do que isso. Hipotecou a casa, entregou ao processo aos advogados e fez-se à vida – ou, neste caso, literalmente à estrada.
Assim, com setenta e poucos anos iniciou uma digressão que já passou por Portugal três vezes e permitiu a edição de dois dvds e dois cds: Live at London e Songs From the Road. E é aqui, neste espectacular concerto, que nós vamos à missa.
Cohen entra em palco vestido de fato, coisa que não é surpreendente tendo em conta que o seu pai fazia fatos e ele nunca se conseguiu sentir bem de jeans. Fato e cartola. O palco tem os instrumentos colocados em cima de tapetes persas. Os músicos usam também a sua cartola. Os roadies usam cartola. As três lindíssimas meninas (Sharon Robinson e as Webb Sisters) parecem de tailleur como se estivessem ali para ajudar à missa (e estão). Mas isto é só o começo, aquilo com que se irá seguir a cerimónia.
Na primeira música, Cohen ajoelha-se à primeira fala. Fá-lo-á incontáveis vezes num gesto natural e aceite como evidente por quem vê. Depois segue todas as rotinas, como se lesse o seu missal: entre as músicas, as mesmas palavras em todos os concertos, o mesmo sorriso, a mesma conversa com o público. A certa altura fala de si, dos momentos mais complicados que passou durante a sua vida, dizendo de como, mesmo tendo estudado muita religião e filosofia, a felicidade continua a aparecer. Sem hedonismos, note-se. É uma felicidade ascética, verdadeira porque da alma. Noutra, e enquanto as meninas continuam o coro de Tower of Song, diz que percebeu qual o significado de tudo, que tem a resposta para a maior pergunta de todas. E que a dirá: tam tirám tirám tam tam. Depois há os solos de cada um dos músicos em que tira o chapéu, virando-se para eles e, no final, fazendo a devida vénia como se tivesse de agradecer aos sacerdotes que o acompanham. Quando inicia If it be your will e permite que as Webb Sisters a cantem, ele não sai do palco: antes fica de cartola colada ao peito a cantar, entre dentes, cada uma das falas. Quando canta Hallelujah ou quando canta I’m Your Man, The Future ou Everybody Knows, ele não muda em nada o discurso corporal, a prece, o ajoelhar. Cada música é um pedaço da voz de Deus que – mesmo parecendo (e só parecendo) poder não estar de encontro com a filosofia mais ascética – aí se enquadra na perfeição. E como também na nossa tradição judaico-cristã, onde a certa altura há o ofertório, Cohen cede ao público e oferece So Long, Marianne, tão datada nos anos 70 que parece que estamos por momentos a ouvir Demis Roussos. No final, entre saídas e entradas quase a caminhar sobre o ar, saltitando e dizendo que até aos 76 anos é possível ser mais do que um velho a debitar poemas, aparece finalmente na tela a Cruz: é um símbolo que junta os dois corações, parecendo a Estrela de David sem esquinas (Cohen é de ascendência judaica; para conhecer o símbolo basta ver o álbum Dear Heather, a edição portuguesa do Book of Longing – Livro do Desejo – ou a nova e lindíssima edição americana do Book of Mercy). É este símbolo que nos informa: aqui está e foi a Palavra revelada.
Quando ia à missa com a minha avó, contava os quarenta e cinco minutos de duração quase em surdina, a ver se acabava rapidamente. Esta, de Leonard Cohen, tem três horas e parece que dura um fugaz momento.
Eu sei porquê. Porque, apesar de Dawkins, Deus existe e nós não podemos ver o Messias mais do que o permitido. E três horas, para um comum mortal, já valem para uma vida inteira. Sincerely, L. Cohen.
No youtube alguém fez um video para a Katy Song. Há muito tempo que a queria colocar aqui, mas não havia imagens para ela. Agora há. Não são fantásticas, mas pelo menos são passíveis de serem vistas. Ficam em baixo.
A Katy Song talvez seja a música a minha vida. Quer dizer, eu tenho muitas músicas da minha vida, mas esta tem algo de único e especial. Até porque tem histórias à sua volta que só a fazem mais maravilhosa.
A história oficial está contada na canção. Kozelek conheceu Katy em São Francisco, quando ela visitava a cidade. Viveram uma paixão daquelas muito adolescentes e de férias, já eram ambos crescidos mas com vontade de viverem paixões adolescentes e de férias. Ela voltou para Londres como tinha de voltar (I know tomorrow you will be somewhere in london, living with someone. You've got some kind of family there to turn to and that's more than i could ever give you). E ele escreveu esta música no dia da sua partida (tive na mão o papel onde está a primeira versão da letra - foi reproduzido no livro Noites de Atropelo, que tive a honra de editar nas Quasi), onde tudo é feito de saudade (Kozelek - talvez o maior amante de Caldo Verde depois da Ana - é português, acreditem).
Só que a história oficial termina assim mas a verdadeira história, que ouvi do próprio Mark (com quem tive a honra de privar como amigo - costumo dizer, com muita pretensão, que eu não sou amigo do Mark: eu zanguei-me com ele), é um bocadinho mais humana.
Quando Mark veio a Londres por causa do primeiro álbum (e já a Katy Song estava escrita), a paixão adolescente continuou como devia. E Katy voltou para São Francisco com ele. Infelizmente, as relações humanas não se compadecem com a arte e foi Kozelek, não Katy, quem disse já chega. Confidenciou-me que ela se tinha tornado algo que não conhecia, que a pessoa que estudava artes parecia alguém passivo com a vida (as paixões adolescentes e de férias costuma ter este fim). Disse-lhe adeus e ficou a música. Não se falaram nunca mais. Ou quase nunca mais. Apenas se voltaram a falar quando Katy - já casada e mãe de dois filhos, a viver julgo que noutra parte da California - soube que tinha cancro. Mark telefonou-me - ainda éramos amigos - dizendo-me da morte de Katy e de como tinha morrido a pessoa da vida dele. A música, afinal, estava certa. É Kozelek quem perde Katy. Infelizmente não para Londres, mas para sempre. A chance for calm, a hope for freedom, outlet from my cold solitary kingdom. By the forest of our spring stay, where you walked away. And left a bleeding part of me, empty and bothered, watching the water, quiet in the corner numb and falling through. Without you what does my life amount to?
Esta última pergunta é aquela que fazemos sempre que perdemos aquele ou aquela que mais amamos.
A luz que se diz existir em Lisboa existe mesmo. Não há luz assim em mais sítio nenhum. Há qualquer coisa de único neste Inverno onde o Sol se espalha por um céu completamente limpo. Lembro Au Revoir Simone, banda sonora da terceira parte do Vou para Casa:
So let the sunshine, so let the sunshine
So let the sunshine, let it come.
To show us that tomorrow is eventual
We know it when the day is done
Ficam dois videos. O oficial e uma actuação ao vivo da mesma música. Tive a sorte de as ver e ouvir no Theatro Circo, em Braga, há anos. Ainda não sabia da luz de Lisboa como sei hoje. Mas já havia nas três meninas este brilho.
Domingo à noite. No São Jorge, em Lisboa. Perry Blake. Para quem, como eu, o conhece de cor - imperdível. Para quem, como tantos, o conhece quase que bem - imperdível. Para quem, como tantos, se lembra daquela canção no anúncio do Banif (i need you páparararam) - imperdível. Para quem, como outros, não o conhece de todo - imperdível.
Segundo soube por fontes seguras, vem com a guitarra do Glenn e um novo pianista. Já o vi ao vivo algumas vezes. Desde o TAGV, em Coimbra, até à Casa das Artes de Famalicão ou ao Theatro Circo de Braga passando pelo Santiago Alquimista. Sempre diferente, mas sempre igual - imperdível.
Fica aqui a versão despida de The Hunchback of San Francisco. Original no seu primeiro e homónimo álbum.
Terá isto alguma coisa a ver com isto? Agora que é muito azar e uma péssima coincidência vir "a par" de uma personalidade como esta, é...