Quinta-feira, 27 de Janeiro de 2011


publicado por JRS às 22:58 | link do post | favorito

Terça-feira, 25 de Janeiro de 2011

Antes de ontem, por razões circunstanciais, foi a primeira vez desde que me conheço em que não acompanhei a "noite eleitoral". Por razões bem mais essenciais, foi a primeira vez que não votei. Uma delas é simples: não tinha em quem votar e não estive para ir votar em branco ou, como espero que o meu avô tenha feito, depois de uma conversa sobre o voto nulo, colar um autocolante do Faísca McQueen no boletim.

Mas também gostaria de ser politólogo e imagino que as trintas simpatiquíssimas e adoráveis pessoas que me visitam diariamente estejam à espera da minha sagaz opinião desde que as televisões anunciaram as primeiras projecções.

E ela é:

- Aníbal Cavaco Silva não fez nada. Ou se fez, ninguém tem nada com isso. É mais do que normal que não se pague a Sisa por esquecimento; é mais do que normal que se comprem acções a preço de saldo porque um amigo nos fez o jeito e nós achámos na altura que isso acabava por não chatear ninguém. Quer dizer: é mais que normal se não formos políticos. E Cavaco Silva diz que não é nem nunca foi político. Dito isto: quem somos nós para pôr em causa um jeito tão portuguê que um amigo lhe fez? Sim, poderíamos pôr isso em causa - como aconteceu com Sócrates e o inglês técnico ou o Freeport - se ele fosse político. Mas Cavaco, como se viu ontem, é tudo menos político. Um político saberia que, em democracia, às "insinuações", aos "ataque" e às "calúnias" se responde com documentos, explicações, verdade. E que depois das eleições, ainda para mais quando se ganha, isso já passou. Sim, como bem disse João Marcelino, era bom que se visse quem andou a "orquestrar" o que quer que fosse. Como o DN viu quem "orquestrou" (Fernando Lima) o caso das escutas de há uns meses. Ficou-lhe muito mal, a Cavaco Silva, aquele discurso ressabiado, vingativo e dorido. A ética não se diz, pratica-se. E se ele acha que a praticou, só tem de o demonstrar. 

- Manuel Alegre foi tudo menos inteligente no que diz respeito ao seu percurso nos últimos cinco anos. Aquilo que ele conseguiu em 2006 foi o voto de protesto de muitos dos portugueses (não o meu, que votei Soares). Desde a esquerda caviar até à direita marialva passando pelo centrão sardinha em lata ou iPod. O facto de, como é de conhecimento público, ele ter pouca paciência para reuniões, fez com que o Movimento Intervenção e Cidadadina, que tolerou que criassem, se esvaziasse sem a sua presença. Terá pensado que a melhor maneira de conseguir o que sempre quis desde 2006 com o mínimo esforço e ou as mínimas reuniões - a Presidência da República – seria "unir a esquerda". Ensaiou uma aproximação a Soares (basta ler a badana do livro que editou nas Edições Nelson de Matos), andou aos beijos com o PS e aos abraços com o Bloco. Soares - Alegre devia saber isso bem melhor do que todos - nunca esquece. E a vingança serviu-se fria e Nobre. Andar com dois namorados, ainda para mais quando um só gosta de sardinha em lata e o outro de caviar, não podia dar em coisa boa. Não deu. O candidato contra o sistema foi o candidato do sistema passado cinco anos. A desilusão foi tão grande quanta a felicidade de Sócrates que sabia que, se ele fosse para Belém, teria um problema gravíssimo em mãos. Cavaco, o institucionalista que só fará o governo cair se antes cair um meteorito daqueles que mataram os dinossauros em pleno Rossio; Alegre, o voluntarioso que chegou a dizer que o governo caía se se privatizasse a água.

- Fernando Nobre mostrou a Soares que se enganou. Duas vezes. Primeiro quando patrocinou em privado a sua candidatura. Depois quando não a patrocinou em público. A primeira porque Nobre 2011 é um Alegre 2006 mas em mau (eu sei, é difícil de imaginar...). Não tem qualquer tipo de experiência política e muita humanitária. Isto só poderia descambar no populismo apartidário e nem de esquerda nem de direita que o seu discurso sempre demonstrou (o candidato a presidente da república que esteve inscrito na Causa Real - mas nunca pagou quotas...; o mais preparado porque o que mais países visitou e é preciso ter visitado os países para conseguir mais exportações; enfim, os exemplo abundam). Mas também se enganou quando não o patrocinou porque a sua expressiva - mas não "única" (basta pensar em Pintassilgo 1986 ou Alegre 2006) - votação teria sido uma vingança como a que Soares gosta - pública. Isto de ter feito a Alegre o que ele lhe fez há cinco anos, mas só em privado, deixou-o certamente chateado. Se era para humilhar, era mesmo a sério. A sua entrevista ao DN de hoje só confirma esta minha tese.

- Francisco Lopes é um fóssil vivo, como os celacantos. Há muitos no PC, nesta altura. A palavra é sempre “mudança” e sempre contra a “política de direita”, mesmo que o PCTP / MRPP, por um acaso, fosse o governo neste país. A favor de quê? Da ditadura do proletariado. Eu não tenho nada contra o proletariado. Tenho até tudo a favor. Mas não sei porquê a palavra ditadura sempre me fez, digamos, espécie. Assim como os efectivos da espécie de celacanto sem guelras que se passeiam de bandeira vermelha pelas noites eleitorais. Os comunistas têm uma coisa magnífica: podem ter tido menos que o PCTP / MRPP numa qualquer eleição mas é sempre “uma vitória contra as políticas de direita”. Ao contrário do que disse um comentador, acho que se Francisco Lopes veio para as primárias do partido saber se funcionaria como líder, provou que sim. Funcionaria na perfeição. Será ele, espero, o antecessor de quem conseguirá colocar o PC onde deve – junto com o PCTP / MRPP. O Garcia Pereira do futuro chama-se Bernardino Soares.

- José Manuel Coelho foi uma constatação e uma surpresa. Constatamos todos que se Manuel João Vieira conseguisse finalmente o raio das 7 500 assinaturas que precisa – anda lá, homem, basta sentares-te no Chiado algumas tardes (eu assino!) – teria bem mais do que 5%. E tivemos a desagradável surpresa de ver o resultado completamente descabido que teve na Madeira. “Só” o dobro dos votos do PS. Será candidato contra Jardim nas próximas eleições regionais. E, seja porque Jardim tem outro ataque cardíaco porque não aguenta os ataques do homem, seja porque o povo o que quer é festa e um Coelho em vez do Jardim também dá para afagar, ganhará. Isto se o PS não se lembrar de o apoiar. Senão, Jardim mais uns anos. Mas ganhando, cumprirá o ditado: “atrás de mim virá quem bem de mim falará”. Porque o Manuel João Vieira em campanha é hilariante. Mas como governante – como ele bem sabe (por alguma coisa o seu primeiro acto seria demitir-se, costuma dizer) – seria um desastre.

- Defensor Moura: começou bem, acabou pessimamente. Tive pena. Foi um óptimo presidente da Câmara de Viana do Castelo e não merecia que a vaidade se sobrepusesse ao recato do lar. Começou como um outsider que queria marcar a agenda e, com a votação de entronização do bobo Coelho, acabou por ser o bobo da festa.

E agora, José? Agora “há uma pedra no meio do caminho”, como escreveu Drummond. E não, não se chama Aníbal. E não, não se chama Portugal. É uma pedra com oitocentos anos de história, sim, mas um nome colectivo, não comum: é um cardume, é uma matilha – depende dos dias e do estado de espírito. E é uma pedra definida por um peixe ou um lobo ou o que for – definida pelos portugueses. Enquanto não se alterarem mentalidades (por muito lato que este conceito seja, concedo), não há nada a fazer. A pedra que temos no meio do nosso caminho somos nós.



publicado por JRS às 20:29 | link do post | favorito

Sábado, 22 de Janeiro de 2011

Este post é dedicado ao Changuito e aos editores da Língua Morta.

Chegado de uma agradável visita à livraria do Changuito (1 - mesmo com alguns décibeis a mais, de minha inteira responsabilidade; 2 - é altura de começar a grafar o nome dele em condições), onde comprei o livro Exercícios para Endurecimento de Lágrimas de Maria Sousa (Língua Morta, 2010), visitei, como o faço de vez em quando, o blogue do Henrique Manuel Bento Fialho. E deparei-me com este post.

Se ao que lá vem escrito se somar a tiragem do livro da Maria Sousa (150 exemplares, também), noto uma estranha queda para a limitação da poesia. No caso do Henrique levada ao extremo do "foram feitos 150 exemplares únicos e irrepetíveis. Em nenhuma circunstância estes poemas voltarão a ser editados enquanto eu for vivo. Não estará [o livro] à venda nas livrarias."

Começo por concordar com o Henrique numa coisa: os poemas não voltarão a ser editados. Quando muito, reeditados. Mas isto é coisa de pormenor sem importância. Não sei se hei-de concordar com esta coisa do dar o poema só àqueles que eu quero mesmo dar.

Uma tiragem limitada tem um de dois objectivos: ou limitar os leitores, escolhendo-os - se possível - dedo a dedo; ou fazer do objecto em si uma raridade logo à nascença, com a ideia de [que]* mais tarde a raridade vire ainda mais rara. Neste último caso, por exemplo, está o livro Pequeno Formato, que o Eugénio de Andrade editou em 1997. Foi oferecido só a amigos, com a ideia muito eugeniana de fazer objectos que fossem valer pelo facto de existirem poucos (eugeniana e, convenhamos, cruzsantiana também). Mas, no mesmo ano, Eugénio colocou os poemas num livro da sua série de obras, o 4, juntamente com Ostinato Rigore, o que o fez disponível a todos os que o queriam ler. Não tinha, por isso, qualquer objectivo o autor de escolher os seus leitores.

O que a Língua Morta (de que admiro o trabalho, quero já dizer que é para não haver aqui mal entendidos) está a fazer (até porque os livros só estão disponíveis na Letra Livre e na Poesia Incompleta, disse-me um dos editores quando eu não fazia a mínima ideia que ia escrever este texto, quero ser bem claro nisto) ou, muito mais, mas mesmo muito mais, o que o Henrique quer fazer é escolher os leitores. Será boa a escolha de leitores? Ou melhor, necessária? Ou melhor, adequada?

Não sei. Este post não tenta responder a nada. Tenta só pensar um bocadinho nas coisas. Eu editei a Teoria dos Conjuntos numa tiragem de 117 exemplares para oferecer a quem quis. Só o coloquei à venda na Poesia Incompleta. Quis escolher os leitores. Mas levar ao limite essa limitação com as frases que o Henrique escreveu, parece-me completamente desadequado. Ele não quer que as pessoas leiam o que escreve? Esses poemas envergonham-no de tal maneira que só os quer dar a ler nesta edição? Sem falar na coisa do "enquanto eu for vivo". Aqui, lamento, mas já entramos um bocadinho na questão eugeniana: parte o Henrique da presunção que alguém o irá quererá reeditar posteriormente.

Uma reflexão, apenas. Talvez mande um email ao Henrique para comprar o livro. Gostava de ler os poemas. Mas corro o sério risco de ver isso ser usado um dia contra mim . Depois de uma agradável troca de emails, há uns anos, enviei-lhe por simpatia o Vou para Casa (uma das coisas boas de editarmos os nossos livros - podemos oferecer muitos). Depois li que eu o tinha enviado de moto próprio, como se quisesse saber a sua opinião. Não foi bem isso, ele sabe. Mas não tem mal nenhum escrevê-lo. A vida é feita destes, digamos, salutares equívocos.

Eu devo editar um livro de poemas este ano. Devido ao que aconteceu às Quasi, onde tinha os meus livros, gostava um dia de poder reeditar alguns dos poemas antigos. E, em ambos os casos, sempre com a ideia de procurar um leitor (reeditando até um ou outro da Teoria já citada). Mas um leitor que me encontre sem que o obrigue a provas de obstáculos, ir a um blogue, mandar um email, ir a uma livraria em particular. Procurar um leitor não é impedir outros leitores. É exactamente editar um livro e colocá-lo o mais disponível possível para que todos possam ler o que escrevemos. Ou será que a ideia de um escritor é ser lido só por aqueles que acha que o merecem? Não creio. Escrever para possiblitar ler. E sem preocupações absurdas com o lugar onde ficarão os versos, lugar esse que, se pensarem bem, não é nenhum. Quantos poetas do século XVII consegue citar o leitor deste post? Como diria o outro, my point, exactly. Ninguém tenha a presunção de querer, como Sá-Carneiro com duas décadas, que a nossa literatura talvez se entenda daqui a alguns séculos. Porque nessa altura, meus caros, não seremos literatura nenhuma. E nem falo de celebridades como Guerra Junqueiro ("o maior poeta da península", no seu tempo, agora pouco ou nada considerado e lido). Falo de gente célebre só em casa (mesmo que com uns décibeis a mais, concedo).

PS: Não espero outra coisa que um ensaio de cinquenta mil caracteres do Henrique sobre este post, claro. E que fique claro que este post utiliza a Língua Morta como um exemplo, não como exemplo a criticar.

 

* Henrique, que desilusão... Por causa da falta de um "que" (erros meus, má fortuna...) nem um considerando acerca do post em si. Eu sei, bastava ter dito o contrário - algo como tenho a certeza que o Henrique não responderá. Mas mais importante: quanto custa o livro e como o pago? Gostava muito que mo enviasse. Posso enviar um email a pedi-lo? Pelos vistos, não. Os meus olhos não merecem os seus poemas. Retirar-me-ei, triste e amargurado, para um monte alentejano onde me tornarei um eremita devido a tamanha privação, acredite.



publicado por JRS às 20:18 | link do post | favorito

Para quem ficou surpreendido com o, digamos, "tom" de Ricky Gervais nos Globos de Ouro, deixo duas entrevistas no Daily Show. Acho que elas explicitam muito bem que quem o convidou sabia quem estava a convidar. Hilariantes, claro. Raras vezes Stephen Hawking é tema para humor, mas nada é proibido, como se nota, desde que feito em condições.

Infelizmente, não consigo colocar o video. Ficam os links:

http://www.thedailyshow.com/watch/tue-december-14-2010/ricky-gervais

http://www.thedailyshow.com/watch/wed-december-13-2006/ricky-gervais

 

 



publicado por JRS às 13:16 | link do post | favorito

Quinta-feira, 20 de Janeiro de 2011


publicado por JRS às 19:38 | link do post | favorito

Terça-feira, 18 de Janeiro de 2011

Sou um paz de alma. Sempre fui. Medricas que chegue para perceber que se me metesse em confrontos físicos o mais certo era ficar com mazelas físicas. O facto de ter sido um lingrinhas contribuiu muito para ter virado um verdadeiro pacifista no que às questões mais comezinhas diz respeito. Digamos que acredito na paz por pragmatismo e interesse pessoal.

Mas - sem querer com isto acusar indevidamente o infantário em questão, que aqui tomo apenas como exemplo - se fizessem isto ao meu filho, dava bem mais do que duas lambadas à educadora. E não havia medo que me tolhesse a mão.



publicado por JRS às 20:07 | link do post | favorito

Não aconteceu nada. Ninguém me veio insultar anonimamente mais do que o habitual. Ninguém escreveu um elogio que me embaraçasse mais do que habitual. Não. Só achei que era altura. O facto de, há algumas semanas, terem colocado um comentário usando o nome de uma outra pessoa e de ter percebido que não tinha como controlar isso, ajudou. Isso não nego. Mas é altura de acabar com a caixa de comentários. Quem me quiser embaraçar, pode sempre usar o j.reis.sa@gmail.com.



publicado por JRS às 20:01 | link do post | favorito

Segunda-feira, 17 de Janeiro de 2011



publicado por JRS às 00:49 | link do post | favorito

A uma antologia devem ser exigidos, pelo menos, um de dois contributos: ter uma perspectiva didáctica e preambular sobre os autores ou temas que a fundamentam; dar aos poemas que a compõem uma leitura renovada. Este último contributo era quase obrigatório para os organizadores de Poesia Com Cinema, uma vez que, de outra forma, não se justificaria a republicação de poemas ainda tão recentemente postos à disposição dos leitores ou de poemas que, apesar de mais remotos no tempo, continuam disponíveis nas estantes de muitas livrarias. Mesmo tendo em conta o risco assumido pelos organizadores na forma de sistematização e apresentação da antologia, o qual deve ser reconhecido – e elogiado –, o produto final raras vezes ultrapassa a mera republicação. Trata-se, assim, de uma opção desafiante mas concretizada sem nenhum risco.

Aqui e aqui.

Fico sempre tão feliz quando vejo alguém dizer que há muitos livros de poesia disponíveis nas livrarias. E que, por isso, não faz sentido fazer uma antologia temática que é completamente diferente de outras, se não mais porque organiza os poemas de uma maneira idiossincrática. (Outras há que o não fazem de todo, mas nunca li um reparo que fosse a alguma dessas. Essas, claro, não são republicação de autores disponíveis nas livrarias.) Exemplo: Movimentos no Escuro, de José Miguel Silva. É todo sobre cinema. Mas como saiu há pouco tempo na Relógio D'Água (2006), e como a tiragem de 1 000 exemplares que foi feita demorará os seus vinte anos habituais a esgotar, nada de colocar um poema do José Miguel Silva numa antologia temática. Bem, é um critério como outro qualquer. A partir de agora, caros amigos, sigam o conselho do David Teles Pereira: antologias temáticas só de poemas que não estão disponíveis nas livrarias. Dos outros, coloque-se por favor a referência bibliográfica e o leitor que os vá comprar. Acho bem. Como editor de poesia, acho até muito bem. É que isto de divulgar a poesia pode trazer leitores para o feudo e depois perde-se aquele encanto infantil do eu sei e tu não. Entendo bem o David. Embora, lamento, não comungue deste seu ideal tão reservado.



publicado por JRS às 00:27 | link do post | favorito

Quarta-feira, 12 de Janeiro de 2011

Dizem que chove sempre a norte do cabo

Carvoeiro, a neve só nas terras altas. Moro

ao nível do mar, e no entanto a espuma é

longe demais para molhar os pés no meio

do sargaço. Nunca neva nas terras mais baixas.

E chove sempre no Norte, onde espalho notícias

de um sol ainda mais distante. Tenho quase

quarenta anos e nenhuma luz. Não há quem me

brilhe ou faça brilhar, visto roupas escuras até

no verão. Limito-me a arrefecer os raios na minha

pele sempre fria. Aquecer é coisa que deixo para

 

as mulheres modernas que habitam à vez o meu T1.

Basta-me viver, se soubesse para onde, aí sim, fugia.



publicado por JRS às 21:18 | link do post | favorito

Sei bem das minhas qualidades e dos meus defeitos enquanto editor e escritor. Como são actividades adjacentes, as qualidades de uma profissão costumam ser as qualidades de outra. E o mesmo com os defeitos. E um deles, grande, é ser um péssimo revisor. Mas, como diz o outro, para isto é que existem os revisores.

Um anónimo "destro" (?) [nota: irei em breve ver como funciona verdadeiramente a questão da moderação dos comentários, que pelos vistos a facilidade de se ser anónimo ou, pior, fazer-se passar por outra pessoa, é muito grande] fala num comentário a este post de duas gralhas aí existentes como se isso fosse questão de vida ou de morte. Não é. As gralhas, infelizmente, são o pão nosso de cada dia para quem escreve. Neste caso, escrevendo como escrevo directamente no blogger, às vezes passam. Santinho. Só quem não escreve não as faz. Ou então quem acha que ter trocado de ordem duas consoantes é mais uma boa razão para insultar as pessoas. Desta vez, o termo é a dar para o lerdo. Muito obrigado!



publicado por JRS às 20:09 | link do post | favorito

 

 

If we were children I would bake you a bud pie, warm and brown beneath the sun. Never learned to climb a tree but I would try, just to show you what I've done.  A Fine Frenzy, Alison Sudol



publicado por JRS às 00:10 | link do post | favorito

Quarta-feira, 5 de Janeiro de 2011

Este mês, na secção Retrovisor da revista Bltiz [Blitz] há um texto meu. Não é coisa pequena. São mais de 10 000 caracteres sobre Deus Nosso Senhor, Dawkins, Occam's Razor, os Sirgur Rós [Sigur Rós] e, claro, Leonard Cohen. Leitura muito particular dos três tipos de apresentações ao vivo existentes - vão ver qual é a de Cohen.

 

 

Dito isto, poder-se-á até dizer que eu tenho várias questões com Deus e o Messias. Uma delas é exactamente haver a forte possibilidade de Ele não ter questão nenhuma comigo.



publicado por JRS às 07:51 | link do post | favorito

mais sobre mim
posts recentes

O Mário

Mistress

FCF

Mira Técnica

Easter Message

PPD/PSD

It is

Canção Triste

Portugal

A Moral da Coisa

arquivos

Março 2013

Fevereiro 2013

Maio 2011

Abril 2011

Março 2011

Fevereiro 2011

Janeiro 2011

Dezembro 2010

Novembro 2010

Outubro 2010

Setembro 2010

Agosto 2010

blogs SAPO
subscrever feeds